Mais de 44 mil brasileiros estão em zonas de conflito no Oriente Médio

Dados do Ministério das Relações Exteriores mostram que mais de 44 mil brasileiros vivem em sete países envolvidos no caos do Oriente Médio

-Foto Reprodução 

Mais de 44 mil brasileiros estão em países envolvidos no caos do Oriente Médio, que vive novos capítulos de tensão desde a expansão dos combates entre Israel e Hezbollah no Líbano. Os dados, analisados pelo Metrópoles, são do Ministério das Relações Exteriores.

 
 

A estimativa do Itamaraty é que 44.120 cidadãos do Brasil vivem em seis países da região que viram o rastro da sangue na Faixa de Gaza respingar em seus territórios.

Líbano, Israel e Palestina são as três principais nações nas quais se encontram esses brasileiros. Ao todo, 41 mil pessoas naturais do Brasil estão nas regiões. A Síria, em guerra civil desde 2011, abriga cerca de 3 mil. Irã e Iraque finalizam a lista, com 120 e 70 brasileiros, respectivamente.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, o governo brasileiro informou ter repatriado 1.555 brasileiros – tanto de Israel quanto da Palestina.

 

Repatriação no Líbano

Nessa quarta-feira (2/10), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou operação para repatriar brasileiros do Líbano, que abriga a maior comunidade tupiniquim no Oriente Médio.

 

A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), será a responsável por trazer cerca de 220 pessoas do Líbano para o Brasil na Operação Raízes do Cedro.

A decisão do governo brasileiro surgiu após a violência no país crescer nos últimos 10 dias, provocando até mesmo invasão por terra de Israel no Líbano, mirando o grupo Hezbollah.

Segundo o Itamaraty, mais de 3 mil brasileiros já solicitaram ajuda da representação brasileira em Beirute para deixar o Líbano.

Tensão entre Israel e Irã

Os bombardeios do Irã em Israel, na última terça-feira (1º/10), aumentaram ainda mais o temor de um conflito envolvendo as duas potências regionais. A expectativa é que o governo de Benjamin Netanyahu lance um ataque em retaliação à ofensiva do regime iraniano contra o território israelense.

Apesar do temor de que o ato possa elevar os ânimos na região e inflamar ainda mais a tensão histórica entre os dois países, fontes diplomáticas informaram ao Metrópoles que o governo brasileiro acompanha o cenário com atenção, mas ainda não pensa em ações mais direta, como uma missão de repatriação no Irã ou em Israel.

 

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