Polícia Civil diz que procurados por morte de advogado fazem parte de grupo de extermínio

'Quem paga o preço que eles cobram, eles vão lá e executam o serviço', afirmou o delegado Felipe Cury, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Autor efetuou 21 disparos contra a vítima.

Delegados e Secretário de Segurança Pública revelam detalhes da investigação da morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo. — Foto: Henrique Coelho / g1

A Polícia Civil do Rio afirmou, nesta segunda-feira (4), que os criminosos que executaram o advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, no Centro do Rio, fazem parte de um grupo de extermínio perigoso.

“Quem paga o preço que eles cobram, eles vão lá e executam o serviço”, afirmou o delegado Felipe Cury, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Na manhã desta segunda-feira (4), a Delegacia de Homicídios da Capital realizou operação para prender o policial militar Leandro Machado da Silva, de 39 anos, lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), e Eduardo Sobreira Moraes, de 47, mas eles não foram localizados e são considerados foragidos.

O delegado ainda ressaltou que o homicídio com requintes de crueldade, à luz do dia, e com 21 disparos, revela a atuação de um grupo altamente especializado em crimes desse tipo.

“São características que revelam a assinatura de um determinado grupo que vem sendo investigado, cujos crimes apresentam uma alta dificuldade de investigação”, afirmou o diretor do departamento.

Ainda segundo a DH, a morte de Rodrigo foi cometida por um grupo de matadores de aluguel já investigado por outros crimes semelhantes.

As investigações apontam que os dois procurados nesta segunda fazem parte do grupo de matadores de aluguel responsável por diversos homicídios ligados à disputas na contravenção e pelo mercado ilegal de cigarros no Rio de Janeiro.

Leandro Machado faz parte de um grupo de seguranças no whatsapp no qual está presente o policial militar Rafael Dutra, conhecido como Sem Alma. Dutra tem mandado de prisão por participação em pelo menos quatro homicídios, e é apontado como líder do grupo de extermínio. Ele e Leandro atuam no mesmo batalhão.

Rodrigo Marinho Crespo foi executado no Centro do Rio — Foto: Reprodução

Pelo menos cinco testemunhas disseram que o advogado Rodrigo Crespo tinha como meta trabalhar este ano com a legalização de sites de apostas online, mas a Delegacia de Homicídios não descarta nenhuma hipótese de motivação.

Mandado de busca contra filho de bicheiro negado

A polícia e o Ministério Público pediram pra fazer buscas nos endereços de Vinícius, e assim procurar indícios que ajudassem nas investigações, mas a justiça negou o pedido.

“Foi constatada uma ligação muito próxima entre Vinicius Drummond e os envolvidos na execução. Ele também ligava insistentemente para os funcionários da locadora onde o veículo foi alugado”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Marcus Amim.

De acordo com o delegado Felipe Cury, o PM seria o responsável pelo caro utilizado na morte do advogado.

“Quando obtivemos a documentação dos veículos alugados, havia uma pasta específica do policial militar Machado, com uma série de veículos alugados desde o ano passado. Dentro dessa pasta, havia vários veículos relacionados ao Vinícius Drummond. No momento da oitiva do dono da locadora, o Vinicius ligou insistentemente para o dono dessa locadora”, ressaltou Cury.

Em nota, a defesa de Vinicius Drumond disse que ele nunca manteve vínculo, seja profissional ou pessoal, com o policial militar Leandro Machado da Silva e negou que ele seja chefe de segurança do mesmo.

“Rechaça veementemente qualquer suposição de possível ligação com o brutal assassinato da vítima”, diz a nota.

Vítima era monitorada

A Delegacia de Homicídios da Capital já sabe que a vítima foi monitorada por três dias antes do crime.

Segundo as investigações, um dos suspeitos, o policial militar Leandro Machado da Silva, do 15° BPM (Duque de Caxias) trabalha para Vinícius Pereira Drumond, filho do falecido contraventor Luizinho Drumond, ligado ao jogo do bicho.

Segundo as investigações:

  • O PM Leandro arranjou os carros para o crime, 2 Gols brancos, e 1 deles foi alugado;
  • Eduardo ficou encarregado de vigiar os passos de Crespo e o seguiu por pelo menos 4 dias.

Fonte:g1

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